DEUS NÃO É RELIGIÃO OU SEITA, POIS RELIGIÕES E SEITAS SÃO COISAS DOS HOMENS E MULHERES, COMO AS CRENDICES.
E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8:32 - Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade. João 17:17 - Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna. João 6:47 - Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade. 2 Coríntios 13:8.
O AMOR DE DEUS PARA COM OS SERES HUMANOS, É ABSOLUTAMENTE INCONDICIONAL, POIS OS CRIOU A SUA IMAGEM E SEMELHANÇA EM ESPÍRITO, E NÃO PODE NEGAR-SE A SI PRÓPRIO.
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CRIAÇÃO DA RAÇA HUMANA RACIONAL
Existem dois períodos distintos e importantes na criação da vida humana. 1º Período: Antes da criação do homem racional (pré-história) e 2º Período após a criação do homem racional, este último citado na Bíblia, em Gênesis Capítulo 1º (criação dos espíritos do homem e da mulher), e Gênesis, Capítulo 2º (criação dos corpos do homem e da mulher). É muito grande a falta de entendimento dos Ciêntistas e dos Religiosos, tornado-os radicais.
LIXO NO E DO PLANETA TERRA
Aqueles que creem em DEUS, deveriam ser os primeiros a preservarem o planeta Terra, que foi criado por ELE para os seres humanos viverem, e darem testemunhos dos seus atos, não poluindo o planeta que lhes foi dado.
INTRODUÇÃO
O meio ambiente é a principal circunstância dos seres vivos. O ar, a terra, a água, tudo o que cria condições para que exista vida, tal como a entendemos, compõe a biosfera. A frágil interação entre estes três elementos é o que possibilita condições para a existência de toda uma ampla faixa de vida em nosso planeta, dos seres mais elementares até o que chamamos de vida inteligente.
As inúmeras espécies extintas demonstram quão delicado é o equilíbrio que existe entre os componentes da biosfera. É possível que o número de espécies extintas superem em muito o das existentes. Dos gigantescos animais pré-históricos até os pássaros e mamíferos de nossos dias, a eliminação das espécies prossegue em ritmo preocupante, provocada em grande parte por desequilíbrios ocorridos na biosfera.
Dos pouco mais de 12.700 quilômetros do diâmetro da terra, a crosta terrestre possui apenas 8 quilômetros de espessura sob os oceanos e 35 quilômetros sob os continentes, enquanto a camada de ar essencial à vida, a atmosfera, tem uma altura de 1.600 quilômetros a partir da superfície terrestre. Da superfície total do globo, 70% é água e somente 30% é terra (Enciclopédia Delta Universal, 1982). A biosfera, a porção do globo na qual as diferentes formas de vida podem se desenvolver, é apenas isto. É pouco. Não temos muito espaço, o que obriga a adoção de cuidados especiais para que danos irremediáveis não sejam causados a este habitat, o único que possuímos.
Os desequilíbrios podem ser provenientes de fatores externos ao planeta, como a queda de meteoritos, ou de fatores internos, que podem ser de origem natural ou provocada. Os lançamentos de cinzas vulcânicas, por exemplo, podem acarretar danos ao meio ambiente. No entanto, não há como controlá-los, pois são decorrentes das ações da natureza.
Os mais graves são os desequilíbrios provocados pelos seres humanos. Como se fossem movidos por forças incontroláveis, os homens, ao longo do século, vêm pouco a pouco destruindo elementos essenciais da biosfera, provocando desequilíbrios que tornam o meio ambiente hostil a qualquer forma de vida.
Cabe perguntar quais seriam as maiores ameaças ao planeta. Na era atual talvez sejam:
I. A exploração econômica irracional dos bens naturais, capaz de provocar modificações relevantes em rios, lagos e florestas. Essa exploração tem promovido a destruição de recursos naturais em larga escala, eliminando espécies animais e vegetais em quantidades nunca vistas. A biodiversidade é atingida, e um importante material genético, capaz de conter a cura de inúmeras doenças, é perdido;
II. As mudanças climáticas, causadas pelas excessivas emissões de gases, como o dióxido de carbono, que promovem o efeito estufa;
III. O buraco na camada de ozônio, provocado pelos CFCs, que aumenta a cada ano, principalmente a partir da Antártica, estendendose pelo extremo meridional da América do Sul;
IV. O lixo, em suas diferentes formas. Tanto o lixo doméstico quanto o industrial constituem um problema cada vez mais grave, principalmente em razão de seus componentes não recicláveis;
V. O esgotamento das reservas de água doce, que, felizmente, ainda não atingiu proporções catastróficas. Se nada for feito num futuro próximo, esse poderá ser um dos mais sérios problemas que a humanidade enfrentará.
VI. A superpopulação. A população mundial cresce 80 milhões de habitantes a cada ano e 90% deste crescimento ocorre nos países pobres. A superpopulação contribui para aumentar a pobreza, promover o crescimento desordenado das cidades e exigir uma produção cada vez maior de alimentos.
Estas seriam as maiores fontes de problemas ambientais, mas não as únicas. Algumas das mais recentes, como é o caso do lixo espacial, só agora começam a despertar atenção. Dezenas de satélites artificiais, que custam fortunas e se destinam às telecomunicações, estudos metereológicos e ambientais e à defesa, disputam espaço com milhares de pedaços de engenhos espaciais, destituídos de qualquer utilidade. Algumas órbitas próximas à terra já apresentam elevada concentração destes fragmentos, que constituem uma ameaça aos satélites. O choque deste lixo com um satélite gera mais fragmentos que ficam flutuando no espaço e ampliam o risco de acidentes. Estima-se que estejam abandonados no espaço 7,5 mil objetos, num total de 3 mil toneladas.
As ações cotidianas do homem podem a cada momento causar algum mal à natureza, em detrimento de seu próprio autor. Inúmeras regiões do globo foram desertificadas pela ação predatória dos seres humanos. Incontáveis rios secaram ou estão tão poluídos que perderam utilidade. O ataque é permanente.
O paradoxal é que cada passo dado no terreno tecnológico serve também para, de algum modo, promover danos ao meio ambiente.
Os meios de transportes, por exemplo, apesar de notável avanço técnico, acarretam um fantástico aumento de poluição, provocam mortes por acidentes que não ocorreriam sem a sua existência e criam a necessidade de rodovias que exigem para a sua construção a devastação de florestas, praias, mangues e encostas. Nesta linha de raciocínio vamos encontrar notáveis avanços tecnológicos em todos os campos do conhecimento que, se de um lado podem melhorar as condições de vida na biosfera, de alguma forma afetam negativamente parte do meio ambiente.
Seria o caso de se pensar na adoção de uma vida mais simples, menos exigente em termos de conforto, porém mais de acordo com as regras da natureza? Impossível. A marcha da humanidade, freqüentemente insensata, é uma procura permanente de aperfeiçoamento. Mas esta busca se faz aos trancos e barrancos. Não é linear, sistemática, ou embasada em procedimentos cartesianos, como podem atestar as guerras, os conflitos religiosos, a queima de florestas essenciais à vida, a transformação progressiva dos mares em lixeira da Terra.
Hoje, quando o conhecimento das relações de causa e efeito é muito mais amplo do que para as gerações passadas, uma enorme gama de atitudes dos grupamentos humanos permanece incompreensível. Nenhuma região, por maior que seja o seu compromisso com a vida moderna, estaria isenta de críticas.
As ações de destruição do meio ambiente são universais. Uns destroem pelo excesso de tecnologia, como os países onde o número de automóveis por habitante é muito elevado. Outros, pela procura cada vez maior de conforto, como os países ricos e de clima frio, onde cada vez mais se gasta energia com aquecimento doméstico. Alguns destroem pela ausência de tecnologia. Nas regiões mais pobres da África e da América Latina, florestas são devastadas pela necessidade de lenha para cozinha, enquanto outras não sabem o que fazer com o lixo atômico. Enfim, como numa disputa irresponsável, todos se unem para destruir, até eliminar, algumas formas de vida na Terra, atacando o meio ambiente de forma incessante.
Toynbee (1982) dizia que
o homem, dito sapiens, é o único animal capaz de destruir, irremediavelmente, seu próprio habitat, que é a nossa frágil biosfera. Mas também é o único com habilidade para reverter esse processo que ele próprio deflagrou.
Já que a possibilidade de retorno a uma existência mais simples está eliminada, por causa da busca permanente de melhor qualidade de vida, do aumento da população e da necessidade crescente do ser humano de viver em cidades, deve-se perguntar que fazer.
As soluções dos problemas ambientais não são simples; se fossem, já teriam sido adotadas. O problema ambiental exige uma abordagem sistêmica e complexa para que se identifiquem alternativas plausíveis de solução.
O campo da energia nos fornece uma boa visão desta complexidade, pois é inimaginável viver hoje sem luz elétrica, rádio, televisão, geladeira ou frigorífico. Qualquer que seja a forma de gerar energia, dentre as economicamente viáveis, há riscos de algum dano ambiental. As hidrelétricas inundam vastas áreas de florestas, cidades ou campos. As fontes térmicas que usam madeira, carvão, petróleo ou outros combustíveis fósseis, resultam no aquecimento da atmosfera, poluição do ar e chuvas ácidas. A energia nuclear, ambientalmente limpa, pode acarretar graves acidentes. Além do mais a questão do lixo nuclear ainda não foi devidamente equacionada.
Precisamos de energia, mas devemos ter consciência de que seja qual for a fonte utilizada, ela contribuirá, de algum modo, para a destruição ambiental.
Na busca de solução para as questões ambientais, não há espaço para atitudes maniqueístas. Cada problema deverá ter o seu equacionamento procurado com bom senso, utilizando-se as tecnologias disponíveis do melhor modo possível, tentando minimizar os efeitos negativos e, se for possível, eliminá-los. Fontes alternativas de energia, hoje comparativamente caras, serão, no futuro, viáveis técnica e economicamente. Entre essas estarão a energia solar, a eólica, a das marés, geo-térmica e a biomassa. Essas fontes de energia são mais limpas que as usadas atualmente.
É provável que algum dia se possa viver sem a ocorrência de danos ambientais. Estamos distantes deste dia, mas algo deve ser feito para que possamos aceitar a idéia de Adesenvolvimento sustentável@ apresentada no relatório da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas e denominado: Nosso Futuro Comum (1988). Segundo essa idéia simples e fundamental,
o desenvolvimento sustentável é um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender as aspirações humanas.
Ou seja, podemos utilizar os recursos renováveis que a natureza colocou à nossa disposição (mesmo porque sem eles seria impossível a vida), mas de tal forma que as próximas gerações possam também usufruí-los.
O mesmo relatório aborda a questão dos recursos naturais não renováveis, como os minerais e os combustíveis fósseis, lembrando que os avanços tecnológicos vão reduzir progressivamente o seu desperdício, bem como promover, no futuro, sua substituição por outras fontes renováveis.
Deve-se esperar que os avanços da ciência permitam o emprego de fontes alternativas de energia, mais baratas e ambientalmente menos danosas que as atuais. Até a ocorrência da primeira crise do petróleo, há vinte anos atrás, não havia muita consciência de que algum dia as reservas de combustíveis fósseis se esgotariam, nem de que era urgente o desenvolvimento de novas fontes de energia ambientalmente mais equilibradas (ou seja, renováveis e não poluidoras).
O aumento dramático dos preços do petróleo ocorrido em fins de 1973, despertou os países detentores do melhor conhecimento tecnológico para sua imensa vulnerabilidade energética. As grandes economias ocidentais e o Japão passaram a ter consciência de que, apesar de todos os avanços tecnológicos, não possuíam a matéria-prima essencial para manter a sua qualidade de vida. De uma hora para outra constataram a sua imensa dependência energética.
A reação dos países importadores de petróleo se fez sentir de diversas formas: busca de fontes alternativas de energia, aperfeiçoamento de máquinas e equipamentos de modo a reduzir o dispêndio energético, alteração nos modelos de transporte e até mesmo mudanças nos padrões de vida. A conservação de energia passou a ser palavra de ordem. O preço elevado do petróleo tornou outras fontes de energia viáveis. Todas estas providências, além da descoberta de petróleo em águas profundas, acabou por reduzir o preço dos combustíveis, provocando uma nova acomodação. Tudo se passa novamente como se o petróleo fosse inesgotável. O esforço em utilizar energias alternativas é bem menor hoje que nos períodos das recentes crises do petróleo.
De qualquer modo, da primeira crise do petróleo até hoje, procurou-se reduzir o desperdício de combustíveis e encontrar novas fontes de energia com mais intensidade do que em qualquer outro período da era industrial, cujo advento coincidiu com o uso intensivo, crescente e perdulário da energia.
Como ocorre com a produção e o uso de energia, o emprego dos recursos naturais se dá muitas vezes de modo descuidado, destrutivo, como se eles não fossem essenciais. Aí estão a pesca predatória, que chega até a impedir a reprodução das espécies; a agricultura desenvolvida de forma desequilibrada, que provoca erosão, perda de nutrientes, empobrecimento dos solos até a inviabilização do próprio plantio; a mineração que mata os rios e acaba com as florestas; a expansão urbana desenfreada com construções em cima de morros e de áreas ribeirinhas; desmatamentos, a extinção de espécies animais e vegetais. Lamentavelmente, é mais fácil encontrar um maior número de maus exemplos que de bons na relação homem-meio ambiente.
Os problemas ambientais exigem uma solidariedade entre os povos como nunca houve. Aqui as separações clássicas entre norte e sul, leste e oeste, pobres e ricos perdem inteiramente o sentido. Os problemas ambientais exigem tratamento global.
A porção rica do globo, que se convencionou chamar de primeiro mundo, vive nos dias atuais uma fase de experiências excitantes, caracterizada por mudanças há pouco impensáveis. Caem as fronteiras físicas e psicológicas, os últimos resquícios da guerra fria são removidos; intensificam-se as relações internacionais, o intercâmbio tecnológico, cultural e comercial se faz como em tempo algum da história. As diferenças conceituais entre os povos passam a ser cada vez mais sutis, menos visíveis. A caminhada para o fim do século coincide com novos rumos para a formação da sociedade do bem estar.
O atual debate entre as nações deverá situar-se muito mais no plano pragmático de permanente busca de paz, justiça social e de bem estar material do que na discussão de velhas querelas religiosas, filosóficas ou ideológicas. Este é o pensamento moderno, o pensamento que norteará os países industrializados à entrada do terceiro milênio. Contudo, sua contrapartida é o atraso, em seu sentido mais amplo, que é predominante nos países do terceiro mundo, naqueles mesmos países que chegaram ao século vinte ou em situação de menor desenvolvimento econômico ou como vítimas do colonialismo. O século praticamente passou e alguns tiveram a felicidade de superar o atraso. Outros chegaram a experimentar o progresso criado pelos países ricos. Mas a grande maioria não conseguiu ultrapassar os limites impostos por idéias retrógradas, limitados pela defesa de objetivos pouco claros, em muitos casos prejudiciais às aspirações maiores da sociedade.
Assim sendo, a maior parte dos países do globo passa por esta fase da história convivendo com práticas políticas e administrativas atrasadas, limitados às suas fronteiras, desconhecendo as fantásticas mutações dos países desenvolvidos, buscando o isolamento, vítimas de um colonialismo cultural gerado por eles mesmos, pela sua própria classe dirigente e pela ignorância de seu povo. Apesar disso, idéias antigas estão sendo substituídas por conceitos novos, mais abertos e mais cooperativos. O interesse nacional toma em conta o interesse global. Nesta nova visão ocupam lugar de destaque as questões ambientais, que agora são encaradas sob a ótica de sua globalidade, na busca de um futuro comum para a humanidade. O primeiro ponto de convergência deste novo enfoque é, sem dúvida, o relativo ao meio ambiente.
O relatório da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Nosso Futuro Comun, 1988) diz:
Em meados do século XX vimos nosso planeta a partir do espaço pela primeira vez. Talvez os historiadores venham a considerar que este fato teve maior impacto sobre o pensamento que a revolução copérnica do século XVI, que abalou a auto-imagem do homem ao revelar que a Terra era o centro do universo. Vista do espaço, a Terra é uma bola frágil e pequena, dominada não pela ação e pela obra do homem, mas por um ordenado conjunto de nuvens, oceanos, vegetação e solos. O fato de a humanidade ser incapaz de agir conforme essa ordenação natural está alterando fundamentalmente os sistemas planetários. Muitas dessas alterações acarretam ameaças à vida. Esta nova realidade, da qual não há como fugir, tem que ser reconhecida e enfrentada.
Esta nova realidade necessariamente exige uma visão global dos problemas. Os sistemas são interligados: o clima da terra em um ponto sofrerá mutações em função da alteração da cobertura vegetal em outro; o excesso de calor produzido por um país irá afetar os demais e assim por diante.
A contribuição de cada país variará de acordo com o estágio de sua economia, sua localização geográfica e a tipologia de seus elementos naturais. Alguns terão que preservar florestas tropicais, outros recuperar áreas desertificadas. Muitos precisarão reduzir a poluição industrial, muitos outros despoluir rios degradados. Cada um deverá agir de acordo com a natureza peculiar de seus problemas e de seus recursos. Nesse campo, além da consciência ambientalista que será crescente entre os povos, as soluções não poderão ser padronizadas. Caberá a cada país definir em que situação ele possui mais vantagens e delas fazer uso para a preservação ambiental.
Hoje alguns fenômenos ambientais começam a receber maior atenção devido aos danos que provocam, passando a inquietar até o menos "verde" dos governantes. Entre estes fenômenos podemos destacar as chuvas ácidas, a destruição da camada de ozônio e o efeito estufa.
As chuvas ácidas são causadas por gases tóxicos emitidos em processos industriais e pelos motores a combustão. Levados pelo vento, eles poderão ser produzidos em uma região e provocar danos à natureza, como a destruição de florestas, por exemplo, em outras regiões. Esse é um fenômeno localizado e pode ser eliminado através de redução da poluição industrial.
A destruição da camada de ozônio é provocada pelo CFC (clorofluorcarbono) existente nos aerossóis, em embalagens e nos equipamentos de refrigeração. Cada partícula de CFC desprendida pode destruir milhares de partículas de ozônio, abrindo um verdadeiro buraco nesta camada estratosférica que filtra raios ultravioletas. A destruição desta camada provocará o aumento na ocorrência de câncer de pele e de doenças oculares, além de iliminar inúmeras espécies biológicas.
Várias reuniões têm sido realizadas pelos países industrializados, principais consumidores de CFC, com vistas a alterar os processos tecnológicos, de modo a permitir o uso de sucedâneos para insumos tão danosos ao meio ambiente. Este é um fenômeno que deverá ser resolvido quase exclusivamente pelos países ricos, quer pela redução do uso de CFC, quer pela busca de substitutos não prejudiciais à natureza. Os países em desenvolvimento são responsáveis por apenas 15% do uso total de CFC.
O efeito estufa é relativo ao progressivo aquecimento do planeta, provocado pela queima de combustíveis fósseis. O elemento principal do efeito estufa é o aumento de dióxido de carbono na atmosfera. Observou-se ao longo dos últimos cem anos uma elevação da temperatura média do globo de 0,71C. A manter-se o atual ritmo de produção de calor na Terra, poderá haver uma elevação da temperatura global entre 1,51C e 4,51C até a metade do próximo século, o que provocaria degelos, a elevação do nível dos oceanos e, é claro, toda sorte de danos advindos desse desequilíbrio climático. Essa elevação de temperatura poderá provocar um aumento do nível dos oceanos de 30 cm até 1,5 m.
No combate ao efeito estufa, a participação dos países industrializados tem que ser muito forte, pois são eles os principais responsáveis pela produção do calor terrestre. O calor, um subproduto dos principais processos industriais atualmente adotados, é um produto da riqueza. As pessoas residentes em países de clima frio utilizam cada vez mais energia em sua vida diária. O uso dos automóveis também se intensifica, contribuindo para o aumento de calor. Outra fonte do calor é a queima de florestas. Em 1988, a humanidade colocou 5,5 bilhões de toneladas de carbono na atmosfera, provenientes da queima de florestas, segundo o relatório State of the World (Brown 1982).
Nos países em desenvolvimento, as manifestações contra o meio ambiente podem ocorrer de maneiras diferentes, mas evidenciam um ponto comum: a pobreza da maior parte da população, o que vem postergando a adoção de medidas relativas à proteção ambiental. Torna-se difícil administrar alguns dilemas como: garantir comida, casa, trabalho, saúde, educação e, ao mesmo tempo, destinar recursos à proteção de parques nacionais, à despoluição de rios e ao replantio de florestas destruídas. Eis uma difícil encruzilhada da qual só se sairá com a consciência de que o meio ambiente é um só e merece cuidados.
A redução da pobreza dá-se através da constante geração de empregos. A globalização da economia, porém, impõe padrões de competitividade entre as indústrias jamais vistos, que pressupõem ganhos cada vez maiores de produtividade, mediante o aperfeiçoamento tecnológico e a redução gradual da mão-de-obra empregada. Esta talvez seja a era do desemprego global. Políticas de industrialização visando a gerar empregos, como as até pouco tempo praticadas, não surtirão mais efeito.
Nos países pobres e em desenvolvimento, as massas desempregadas poderão encontrar trabalho em setores que ocupem mão-de-obra de modo intensivo, como os programas habitacionais e a construção de obras de infra-estrutura. O problema de mais difícil solução encontra-se nos países ricos, onde a maior parte da infra-estrutura já está construída, o problema habitacional não é grave, a sociedade está acostumada com padrões de vida elevados e os avanços tecnológicos estão mais presentes nos processos industriais. Isso nos leva a crer que se caminha para um mundo mais rico, porém mais excludente. Cada vez menos pessoas poderão participar das vantagens de uma sociedade cada vez mais moderna.
É um sério dilema que muito tem a ver com a proteção ambiental à medida que existe uma íntima relação negativa de causa e efeito entre a pobreza e o meio ambiente. Aumentando o estoque de pobreza, mais agressões ao meio ambiente e menos recursos para a proteção ambiental devem ser esperados.
Do mesmo modo que a questão ambiental, a do desemprego só terá solução na globalidade. Dificilmente um país, isoladamente, encontrará uma saída para esta questão.
A sociedade tem que superar o impasse: cuidar do meio ambiente sem descuidar da pobreza. No campo preventivo, o impasse pode ser vencido com medidas políticas. Há uma ampla gama de soluções possíveis através do bom uso da legislação. Os códigos de obras das cidades, por exemplo, devem ser elaborados com vistas a prevenir problemas ambientais. A legislação voltada para a exploração dos recursos naturais, assim como as normas que regem as obras de infra-estrutura devem seguir esta orientação.
Outro recurso é a elaboração de zoneamento econômico-ecológico que permita a identificação das áreas inseridas em uma região necessitada de cuidados especiais para seus ecossistemas, nas quais seja possível a exploração econômica de maneira equilibrada. Os zoneamentos devem orientar a exploração econômica, destacando áreas capazes de suportar mineração, atividades agropecuárias, pesca, exploração da madeira, além de definir espaços destinados à preservação ou ao extrativismo.
Um dos grandes problemas a ser enfrentado pelos países em desenvolvimento é relativo ao passado. A dívida ecológica criada pela ocupação inadequada do solo, exploração predatória dos recursos naturais e desenvolvimento desvinculado de qualquer cuidado ambiental é de difícil pagamento. Desde os primeiros momentos da revolução industrial essa dívida vem crescendo. Nos países que começam a ingressar na era pós-industrial esse débito começa a ser resgatado na forma de recuperação de rios e de áreas urbanas degradadas, bem como através do replantio de florestas. São países nos quais a riqueza permitiu o equacionamento dos problemas básicos da sociedade (habitação, saúde, educação, emprego), em geral, a custos ambientais elevados para muitas gerações, e que agora se preocupam em pagar essa dívida.
Novamente os países em desenvolvimento são remetidos ao conhecido dilema: combater a pobreza ou preservar o meio ambiente. Aqui fica ressaltada a necessidade de cooperação entre as nações, como forma de proteger, quem sabe salvar, o único habitat disponível para o ser humano.
Não existe maneira de produzir riqueza, aí incluindo tudo o que significa conforto e bem-estar, sem que sejam utilizados e transformados os recursos naturais. A permanente utilização da natureza -a repetição no caso torna-se indispensável- é a estratégia econômica ao alcance da humanidade. Imaginemos que no passado recente -200, 300 anos- já contássemos com a tecnologia de hoje, que a população da Terra tivesse as dimensões atuais, que a consciência ecológica não fosse tão clara quanto agora. Provavelmente não estaríamos aqui neste momento: faltariam alimentos, água e até oxigênio para respirar.
Nos últimos anos, o debate em torno do meio ambiente passou a fazer parte do cotidiano de boa parte da população do planeta. Os resultados são visíveis na forma de aperfeiçoamentos tecnológicos para reduzir a poluição, tratados para evitar a contaminação industrial e normas técnicas cada vez mais rígidas no sentido de proteger o meio ambiente.
O esforço educacional deve, no entanto, ampliar-se e assumir forma permanente, buscando despertar a consciência ecológica em todo e qualquer ponto da Terra onde haja vida.
Por fim não se deve esquecer que por mais insensatas que sejam as suas ações, o homem faz parte da natureza e jamais pode ser esquecido, ao se tratar da questão ambiental. Os processos de educação e a disseminação do conhecimento ecológico irão pouco a pouco divulgando a importância dos ecossistemas, mostrando que, com a sua destruição progressiva, o homem estará empobrecendo cada vez mais o seuhabitat e comprometendo o seu futuro e o das novas gerações.
Período de tempo de decomposição do lixo
O tempo de decomposição é uma previsão em média. Portanto, a informação pode variar. Por este motivo, existem variações entre livros e sites, sobre o tempo de decomposição.
A informação sobre o tempo de decomposição do vidro é a mais variável: algumas fontes afirmam que são 4 mil anos, outras 10 mil anos, e até 1 milhão de anos… Mas isso não importa. Importante é reciclar e ajudar a salvar a natureza.
Decomposição de resíduos
• Papel: 3 a 6 meses
• Jornal: 6 meses
• Palito de madeira: 6 meses
• Toco de cigarro: 20 meses
• Nylon: mais de 30 anos
• Chicletes: 5 anos
• Pedaços de pano: 6 meses a 1 ano
• Cigarros: 2 anos a 05 anos
•Fralda descartável biodegradável: 1 ano
• Fralda descartável comum: 450 anos a 600 anos.
• Lata e copos de plástico: 50 anos
• Lata de aço: 10 anos
• Tampas de garrafa: 150 anos
• Isopor: 400 anos
• Plástico: 100 anos
• Garrafa plástica: 400 anos ( depende do tipo do plástico)
• Vidro: 4.000 anos
• Casca de frutas: 01 a 3 meses. ( serve de adubo e não causa danos a natureza).
•Madeira pintada: 13 anos
•Chichetes: 05 anos
•Latas de alumínio: 200 a 500 anos
Tempo de decomposição de resíduos em Oceanos:
• Papel Toalha: 2 a 4 semanas.
•Pano: seis meses a um ano.
• Chiclete: 05 anos
• Caixa de Papelão: 2 meses.
• Palito de Fósforo: 6 meses.
• Restos de Frutas: 1 ano.
• Jornal: 6 meses.
• Fralda Descartável: 450 anos.
• Fralda Descartável Biodegradável; 1 ano.
• Lata de Aço: 10 anos.
• Lata de Alumínio: não se corrói.
• Bituca de Cigarro: 2 anos.
• Sacos plásticos: 30 a 40 anos
•Copo Plástico: 50 anos.
• Garrafa Plástica: 400 anos.
• Camisinha: 300 anos.
• Pedaço de Madeira Pintada: 13 anos.
• Bóia de Isopor: 80 anos.
• Linha de Nylon: 650 anos.
• Vidro: tempo indeterminado.
• Lixo radioativo: 250 anos ou mais.
Levados para os oceanos pelo vento, os resíduos sólidos gerados por atividades humanas já são um grave problema social e ambiental. Conservação marinha e boa gestão podem auxiliar a reduzir esse impacto.
O lixo de origem humana que entra no mar está presente nas imagens, hoje comuns, de animais emaranhados em materiais de todo tipo ou que ingeriram ou sufocaram com diferentes itens. Também é conhecida a imensa mancha de lixo que se acumula no chamado ‘giro’ do oceano Pacífico Norte – os giros, existentes em todos os oceanos, são áreas em torno das quais se deslocam as correntes marinhas. Nas zonas centrais desses giros, as correntes têm baixa intensidade e quase não há ventos. Os resíduos que chegam ali ficam retidos e se acumulam, gerando enormes ‘lixões’ oceânicos.
Apesar do sensacionalismo em torno desse tema, o estudo do lixo marinho tem bases científicas e envolve, em todo o mundo, cada vez mais pesquisadores e tomadores de decisão. Todos engajados na luta pela diminuição desse problema social e ambiental.
Detritos orgânicos (vegetais, animais, fezes e restos de alimento) não são considerados lixo marinho, porque em geral se decompõem rapidamente e se tornam nutrientes e alimentos para outros organismos
Os impactos ligados à presença do lixo no mar começaram a ser observados a partir da década de 1950, mas somente em 1975 foi definido o termo ‘lixo marinho’, hoje consagrado. Essa definição, da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, diz que é lixo marinho todo material sólido de origem humana descartado nos oceanos ou que os atinge por rios, córregos, esgotos e descargas domésticas e industriais.
Detritos orgânicos (vegetais, animais, fezes e restos de alimento) não são considerados lixo marinho, porque em geral se decompõem rapidamente e se tornam nutrientes e alimentos para outros organismos. As fontes do lixo oceânico são comumente classificadas como ‘marinhas’ (descartes por embarcações e plataformas de petróleo e gás) e ‘terrestres’ (depósitos e descartes incorretos feitos em terra e levados para os rios pelas chuvas e daí para o mar, onde também chegam carregados pelo vento e até pelo gelo).
O número de publicações, científicas e não científicas, sobre lixo marinho começou a aumentar a partir da década de 1980, segundo Christine Ribic, bióloga norte-americana e uma das principais pesquisadoras da área.
Ribic atribui esse aumento a três processos: 1) a contínua e crescente substituição, em vários tipos de utensílios, de materiais naturais pelos sintéticos – estes, como o plástico, resistem por mais tempo à degradação no ambiente marinho e tendem a se acumular; 2) o baixo custo dos materiais sintéticos, que não incentiva sua reciclagem e favorece o descarte no ambiente e 3) o aumento, na zona costeira, do número de habitantes e embarcações, que podem contribuir para o descarte de lixo no ambiente marinho.
Os estudos sobre o volume de resíduos no mar e os impactos à fauna levaram à realização, nos Estados Unidos, de Conferências Internacionais de Lixo Marinho, organizadas pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa, na sigla em inglês). As conferências ajudaram a consolidar a ideia de que o problema do lixo marinho deve ser reconhecido e enfrentado pelo poder público e por indústrias, pescadores, marinha mercante, militares e a sociedade em geral, e ainda agilizaram trocas de informação entre os pesquisadores e os tomadores de decisão.
O problema do lixo marinho deve ser reconhecido e enfrentado pelo poder público e por indústrias, pescadores, marinha mercante, militares e a sociedade em geral
O número de participantes – inclusive de países – vem aumentando, como mostrou a última Conferência Internacional de Lixo Marinho, realizada em 2011, no Havaí, que teve o apoio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Esse encontro gerou dois documentos importantes: o Compromisso de Honolulu e a Estratégia de Honolulu.
O primeiro é uma lista com 12 atitudes/ações que objetivam reduzir a geração de lixo marinho. Ao assinar esse documento, a nação, empresa ou indivíduo assume publicamente o compromisso de combate ao problema. Já a Estratégia de Honolulu consiste em um roteiro de medidas elaborado para orientar a sociedade civil, o poder público e o setor privado a planejar e executar suas ações nesse campo, incluindo a troca de informações e o aprendizado mútuo. Inclui três eixos de ação: reduzir o lixo marinho gerado em terra, reduzir o lixo marinho gerado no mar e remover o lixo acumulado no ambiente marinho.
A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada, em 1945, com o objetivo de promover a paz e o desenvolvimento dos países, mas nas décadas seguintes expandiu sua área de ação. Em 1972, criou uma comissão sobre meio ambiente e desenvolvimento, a qual, em 1987, publicou o relatório ‘Nosso futuro comum’ – chamado de Relatório Brundtland. O nome homenageia a então primeira-ministra norueguesa Gro Harlem Brundtland, que presidiu a comissão.
O relatório criticou o sistema de produção mundial e o próprio conceito de desenvolvimento, sugerindo uma mudança na forma como as nações buscavam seu crescimento econômico. Para a comissão, os governos deveriam adotar um modelo de desenvolvimento capaz de “satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir as próprias necessidades” – ou seja, um desenvolvimento sustentável.
Em 1992, como desdobramento do Relatório Brundtland, foi promovida a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, mais conhecida como Eco-92, ou Rio-92, por ter ocorrido no Rio de Janeiro. O encontro mundial gerou um documento, a Agenda 21, contendo compromissos que os países deveriam adotar para proteger o meio ambiente. Entre eles estavam mudanças nos padrões de consumo, manejo ambientalmente saudável dos resíduos sólidos e proteção dos oceanos, mares e zonas costeiras, temas que se relacionam com a diminuição da geração de lixo marinho.
Dando sequência às iniciativas da ONU contra a degradação do ambiente marinho, o PNUMA criou, em 1995, o Programa Global de Ação para a Proteção do Ambiente Marinho de Atividades Situadas em Terra (GPA, na sigla em inglês). Esse programa inovou ao apontar a conexão entre os ambientes marinho e terrestre e buscou orientar as nações no sentido de reduzir as fontes de degradação dos oceanos oriundas de atividades humanas realizadas em terra.
LIXO ESPACIAL
Detritos espaciais (ou lixo espacial) são objetos criados pelos humanos e que se encontram em órbita ao redor da Terra, mas que não desempenham mais nenhuma função útil, como por exemplo as diversas partes e dejetos de naves espaciais deixados para trás após seu lançamento. Tanto podem ser peças pequenas, como ferramentas e luvas — a exemplo de uma perdida por Neil Armstrong na missão Gemini VIII em 1966 — ou estágios de foguetes e satélites desativados que congestionam o espaço em volta da Terra — como exemplo, os antigos satélites soviéticos RORSAT — e que causam risco de acidentes graves, tanto em órbita (pelo risco de possíveis colisões), quanto numa possível reentrada de tais detritos na atmosfera terrestre.
Os detritos espaciais tornaram-se uma crescente preocupação nos últimos anos pelo fato de que colisões na velocidade orbital podem ser altamente danosas ao funcionamento de satélites, pondo também em risco astronautas em atividades extraveiculares; além disso, essas colisões provocam as condições para que ocorra a chamada síndrome de Kessler.
Um pouco de história
Em 1958, os Estados Unidos lançaram o seu segundo satélite, de nome Vanguard 1, que operou durante 6 anos. Após sua desativação, este tornaria-se uma das mais antigas peças de lixo espacial. Em 2007, uma sondagem confirmou que a relíquia permanece em órbita, sendo portanto o detrito espacial mais antigo em órbita atualmente.
De acordo com o professor Edward Tufte, em seu livro Envisioning Information, a lista de detritos espaciais inclui uma luva do astronauta Ed White, perdida durante a primeira caminhada espacial norte-americana; uma câmera que Michael Collins perdeu próximo à Gemini X e outra perdida por Sunita Williams durante a STS-116, também durante uma atividade extraveicular; sacolas de lixo; uma chave de boca e uma escova de dente. A maioria desses objetos volta para a Terra, atraídos pela gravidade, em poucas semanas. Devido às órbitas onde foram soltos e dado o seu tamanho diminuto, são facilmente deteriorados durante a reentrada na atmosfera do planeta. Fatos como esses não são de grande importância na problemática do lixo espacial. Por outro lado, eventuais colisões entre os objetos (que podem gerar mais peças) constituem o principal problema referente a estes detritos.
O primeiro ônibus espacial a realizar oficialmente uma manobra evasiva de uma colisão foi o Discovery, durante a STS-48, em setembro de1991, em que procedeu-se no acionamento de um subsistema de segurança da espaçonave para evitar a colisão com detritos de um satélite russo, Kosmos. Só a explosão causada pelo Kosmos 1813, em 1987 gerou cerca de 850 resíduos com mais de 10 cm de comprimento.
Até 1998, mais de 60 janelas de ônibus espaciais haviam voltado à Terra com danos provenientes do espaço. Uma lasca de tinta do tamanho de um grão de sal, orbitando a uma velocidade de 14.400 km/h, pode abrir uma significante cratera de 2,5 cm de diâmetro, com a possibilidade de a janela estilhaçar-se durante a reentrada.
Em Outubro de 1999, a Estação Espacial Internacional também realizou uma manobra evasiva. Os detritos consistiam em restos do foguetePegasus, que segundo cálculos passariam a uma distância de 1,4 km da estação. A manobra foi realizada com o acionamento do foguete do Módulo de Controle Zarya, durante 5 segundos. Isso elevou a estação em cerca de 1,6 km e os detritos passaram a cerca de 25 km da estação.10 Em outubro de 2008, após mais uma manobra para evitar colisão com um detrito residual de um satélite Cosmos, a ISS já somava um total de oito manobras evasivas, sendo que as sete primeiras ocorreram nos anos iniciais do programa: de Outubro de 1999 a Maio de 2003. O relatório da NASA atribui esse hiato à melhora de exatidão na vigilância espacial e rastreamento de detritos.
Durante os 10 anos de funcionamento da estação espacial MIR, foram liberadas, em sua maioria, sacolas de lixo.
O problema dos detritos
A maior parte dos detritos espaciais se encontra em órbita terrestre baixa, também conhecida como LEO (do inglês, Low Earth Orbit); embora haja também uma quantidade considerável de detritos na órbita geossíncrona, mais conhecida como órbita geoestacionária, a GEO (do inglês, GEostationary Orbit).1 Porém, esta órbita pela sua considerável distância da terra, faz com que a dispersão desses objetos seja muito maior dos que os encontrados em órbitas mais próximas. Há também cerca de 1 450 objetos cuja trajetória é excêntrica, podendo transladar pelas outras órbitas e provocar acidentes de detritos.
Estas peças orbitam a grande velocidade e poderão atingir um satélite ou espaçonave com impacto semelhante ao de uma bala de fuzil. Este fato é levado em conta também no que diz respeito aos astronautas, cuja roupa de Atividade extraveicular — O EMU (do inglês Extravehicular Mobility Unit, Unidade de Mobilidade Extraveicular) — é concebida de forma a proteger o astronauta de micrometeoritos. Presume-se que objetos pouco maiores que meteoritos, de alguns centímetros e alta velocidade orbital no vácuo, sejam capazes de romper as vestes extraveiculares dos cosmonautas, causando-lhes grandes danos.
Outra preocupação relaciona-se com a procedência dos combustíveis usados nos satélites. Tais satélites, que já não recebem ordens das centrais de comando da Terra, podem cair a qualquer momento, atraídos pela gravidade do planeta. Alguns desses satélites estão equipados com geradores eletro-nucleares que ativam funções específicas dentro do aparelho, e podem usar como combustível o urânio 235 ou o plutônio 238 (ambos altamente radioativos).
Um objeto que tenha 1 mm de comprimento seria capaz de quebrar cabos de dados e cabos de força secundários da Estação Espacial Internacional; já um com 4 ou 5 mm já seria capaz de danificar os cabos de força principais, tubos e painéis. Por isso a ISS é atualmente a mais protegida espaçonave a ser lançada; muitos de seus componentes externos são feitos de alumínio. Áreas críticas, como compartimentos habitáveis, serão capazes de resistir ao impacto de detritos de 1 cm de diâmetro.
Propostas e possíveis soluções
Com o objetivo de suavizar a geração de mais lixo espacial foram propostas várias medidas. A NASA, em 1995, foi a primeira agência espacial a estabelecer procedimentos para a minimização dos detritos. Dois anos depois, o governo dos EUA desenvolveu um conjunto de Práticas Padrões para Mitigação dos Detritos Espaciais, baseado nos parâmetros da NASA. Mais tarde, outros países e organizações estabeleceram seus próprios modelos de práticas de suavização dos efeitos do lixo espacial. Em 2002 houve um consenso entre as agências espaciais de 10 países sobre o assunto. Formularam então um conjunto de linhas-de-conduta, que foi formalmente apresentado à ONU em fevereiro de 2003.
Uma forma de minimalização das consequências do lixo espacial sobre o meio-ambiente é a passivação dos estágios superiores dos foguetes gastos para a liberação de combustíveis residuais, prevenindo assim futuras explosões.
Muitos componentes das astronaves são feitos de alumínio, que tem um baixo ponto de fusão. Como resultado, esses componentes normalmente se desintegram em grandes altitudes, logo no início da reentrada. Por outro lado, se um componente é feito de materiais com pontos de fusão mais altos (como titânio, aço inoxidável e berílio), o objeto se deteriorará a uma altitude mais próxima do solo ou, em muitos casos, pode chegar ao solo sem se desintegrar ou mesmo quase intacto, como aconteceu com o tanque de combustível do foguete Delta II. Alguns objetos têm ainda uma proteção exterior que retarda a deterioração do objeto interior, causada pelo atrito com o ar, na reentrada na atmosfera.
Trazer os detritos de volta para a Terra pode parecer um método de "coleta" do lixo espacial eficiente, já que após a reentrada, os objetos são destruídos. Isto pode ocorrer tanto por uma queda orbital (reentrada não-controlada), como por entrada controlada. Entretanto há sempre o risco de permanecerem ainda algumas partículas, ou mesmo peças inteiras, dos objetos que entraram em combustão na atmosfera, não havendo garantia de que sua queda ocorra nas porções desabitadas do planeta. A reentrada controlada, normalmente, utiliza grande quantidade de combustível propelente para ajustar a espaçonave ao ângulo correto para reentrada no planeta. Geralmente utiliza-se o oceano como ponto de queda desses detritos.
Tirar os satélites de órbita logo no final de suas vidas operacionais também seria uma efetiva medida de mitigação. Isso poderia ser facilitado por um mecanismo, conhecido em inglês como "terminator tether", onde um "cabo" eletrodinâmico, (extremamente longo e resistente, porém pouco denso) ligaria o aparato à Terra, transmitindo a energia necessária para que o mesmo conseguisse diminuir a velocidade das espaçonaves desativadas por meio de magnetismo. Nos casos em que o sistema usado para provocar a fuga de órbita exigisse muito combustível, o "terminator tether" poderia simplesmente alterar a órbita do satélite em questão, de forma que este pudesse realizar a fuga de rota sozinho, passados alguns anos. Essa manobra foi realizada com sucesso no satélite francês Spot-1, no final de 2003, o que, segundo os cálculos, faria o objeto reentrar no planeta em aproximadamente 16 anos após a manobra.
Em altitudes orbitais onde não seria economicamente viável provocar a fuga de um satélite, como no anel geoestacionário, estes são levados para uma órbita cemitério, onde não há presença de satélites em operação.
Há também propostas para "varrer" o lixo orbital de volta para a atmosfera da Terra, utilizando rebocadores automatizados, vassouras de laser para vaporizar ou amontoar as partículas em órbitas de queda rápida, ou mesmo bolhas de aerogel para absorver detritos que colidam com essas bolhas, e, eventualmente, cair na Terra com o lixo dentro. Entretanto, a maior parte do esforço está sendo direcionado para a prevenção de colisões, acompanhando os detritos de maior largura, prevenindo a formação de mais detritos.
Outras idéias, ainda, incluem a reunião dos objetos mais largos numa espécie de "aterro orbital", onde poderiam ter alguma utilidade futura, enquanto se mantêm fora de vista.
Quantificação e qualificação
Os detritos orbitais próximos da Terra, e mais especificamente o seu número e dimensões, são estudados a partir de terra, através de radares e telescópios óticos, mas também no próprio espaço orbital, além dos dados obtidos após estudos efetuados sobre a superfície exterior das espaçonaves, quando estas retornam ao solo.
As peças maiores são normalmente monitoradas pelas agências espaciais internacionais — tais como a AEB, a ESA e a NASA —, mas as pequenas são de difícil detecção. Praticamente todos os foguetes deixam peças e pedaços na órbita ao serem lançados, como estágios de lançamentos abandonados, peças ejetadas, entre outros. Também existem muitos satélites que encerraram sua vida útil e continuam a orbitar a Terra sem qualquer atividade, passando a serem considerados como lixo espacial.
As Forças Armadas dos EUA mantêm, atualmente, um catálogo tão exaustivo quanto possível de cerca de 10.000 objetos visíveis, podendo, com estas informações, distingui-los de mísseis hostis, por exemplo. Para isso, contam com observações por radar, telescópio e um telescópio espacial.18 Estima-se que cerca de 330 milhões de objetos de tamanho superior a 1 mm (sendo alguns, portanto, simples partículas) se encontrem em órbita, evidenciando assim, a disparidade entre o número de objetos catalogados e a quantidade de detritos existentes.
Além das mensurações efetuadas pelas Forças armadas estadunidenses, outras iniciativas visam quantificar e medir os detritos, como: oTelescópio de Detritos Espaciais da Agência Espacial Européia (ESA Space Debris Telescope), o TIRA, os radares Goldstone e Haystacke o sistema de radar Cobra Dane. Os dados obtidos durante essas campanhas serão usados para validar modelos de ambientes com detritos, tais como o ESA-MASTER. Tais modelos, hoje, são a única forma de determinar o risco de impacto causado por lixo espacial, já que apenas objetos maiores podem ser facilmente rastreados. Um exame minucioso da superfície do aparelho de Longa Duração à Exposição, mais conhecido pela sigla de LDEF (do inglês, Long Duration Exposure Facility), colocado em órbita pela STS-41-C Challenger, e resgatado pela STS-32 Columbia após 68 meses em órbita, permitiu a análise da distribuição direcional dos detritos, bem como a composição do fluxo dos detritos. O satélite EURECA, colocado em órbita pela STS-46 Atlantis em 1992 e resgatado pela STS-57 Endeavour em 1993, proporcionou melhor entendimento sobre o assunto.
Os painéis solares do telescópio espacial Hubble, recuperado durante as missões STS-61 Endeavour e STS-109 Columbia, são importantes fontes sobre o ambiente dos detritos. As crateras encontradas na sua superfície foram quantificadas e qualificadas pela ESA para prover outros meios de validação dos modelos de ambiente de detritos.
Eventos importantes:
Um estágio do foguete Pegasus lançado em 1994 explodiu em 1996, gerando uma nuvem de 300.000 fragmentos maiores que 4 mm de comprimento. Dentre estes, 700 eram grandes o suficiente para serem catalogados. Este evento isoladamente foi capaz de dobrar o risco de colisões do telescópio espacial Hubble.
Os testes da Arma anti-satélite (ASAT) chinesa, em 11 de janeiro de 2007 foi, talvez, o principal incidente histórico envolvendo detritos orbitais. Como resultado, houve a criação de mais 1.600 pedaços rastreáveis (aproximadamente do tamanho de uma bola de golfe, ou maiores), após dois meses de o teste ter decorrido, de acordo com o Programa de Detritos Espaciais da NASA. Estima-se, também, que resultou em mais de um milhão de pedaços com 1 mm ou maiores e mais de 35.000 peças com 1 cm ou maiores. Este evento foi mais significativo que outros testes de arma anti-satélite, em que a área ocupada pelos detritos, encontrando-se num plano orbital mais distante do planeta, resultam na fuga de órbita num período de 35 anos ou mais. Em junho de 2007, o satélite Terra, da NASA, foi o primeiro a alterar a sua posição, com o objetivo de prevenir impactos.
Um evento de magnitude similar ocorreu em 19 de fevereiro de 2007, quando o estágio do dínamo de injeção de um Briz-M russo explodiu enquanto orbitava a Austrália. O sistema foi lançado em 28 de fevereiro de 2006, carregando um satélite de comunicação defeituoso. A explosão foi documentada em filme por vários astrônomos, mas devido à trajetória orbital dos destroços, a nuvem de objetos em queda dificultou a quantificação destes através de radar. Muito embora semelhante em proporção, a área em que os detritos se encontram está mais próxima do planeta do que no caso do teste ASAT chinês, pelo que se verificou muitas reentradas na atmosfera em um período relativamente pequeno de tempo. Como em 21 de fevereiro de 2007, em que mais de mil fragmentos foram identificados. Um terceiro evento de impacto também ocorreu em 14 de fevereiro de 2007, como registrado por Celes Trak.
Em 20 de fevereiro de 2008 outro ASAT foi lançado rumo a um satélite defeituoso, desta vez pelos Estados Unidos, com o objetivo de destruir o tanque de Hidrazina tóxica do satélite USA 193. O Pentágono tinha o intuito de minimizar a quantidade de detritos resultantes do encontro do satélite com o míssil; esperando que os detritos entrassem na na Terra ainda nas primeiras semanas de março.
No dia 10 de fevereiro de 2009 um satélite russo desativado chocou-se contra um satélite privado de comunicações estadunidense a 780 km de altitude sobre o território da Sibéria gerando uma nuvem de escombros. Afirmado que os detritos geradas não são riscos reais para a Estação Espacial Internacional, esta é a primeira colisão já registrada entre satélites.
Impacto de detritos
A primeira colisão averiguada com lixo espacial catalogado ocorreu em 1996, danificando seriamente o satélite de reconhecimento militar francês Cerise. O acidente foi causado por um fragmento já catalogado de um Ariane. Os objetos deste foguete se encontravam entre 660 km a 680 km da Terra e estavam a uma velocidade de 14.8 km/s. Destes, somente um possuía tamanho suficiente para ser rastreado.
Lottie Williams possui o recorde de ser a primeira e única pessoa (até à presente data) a ser atingida por um detrito espacial de origem humana. Enquanto caminhava num parque em Tulsa, Oklahoma em 22 de janeiro de 1997, às 3:30 da manhã, notou uma luz no céu que julgou ser um meteorito. Minutos depois, Williams foi atingida no ombro por um objeto de metal negro de 6 polegadas que, mais tarde, foi identificado como sendo parte do tanque de combustível de um foguete Delta II, que havia lançado um satélite da Força Aérea estadunidense em 1996. Lottie não se feriu com o incidente.
Em maio de 2000, duas esferas metálicas caíram em fazendas na África do Sul. O evento foi comentado pela NASA numa rádio local, e a agência espacial estadunidense admitiu que ambos os objetos pertenciam a um foguete Delta lançado em 1996. O primeiro detrito, que pesava cerca de 30 kg, caiu na Cidade do Cabo e contou com a presença de testemunhas. O segundo objeto, que possuía uma forma mais ovalada, pousou três dias depois do primeiro e pesava cerca de 55 kg. As testemunhas disseram que o objeto media cerca de 1,3 m de largura por 1 m de comprimento.
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